Massagem Ayurvédica e os Sete Corpos Subtis e os 7 Dhatus

A Ayurvédica divide ainda o corpo humano físico e subtil em 7 níveis. São nestes níveis que um tratamento que a Medicina Ayurvédica e, principalmente, a massagem vai actuar. Esses corpos interagem-se nos níveis interiores do corpo e nos níveis superiores extrafísicos. Todos estes corpos estão ligados entre si de forma intrínseca. No nível físico estão englobados os níveis mais densos e materiais até, inclusive, o plasma. Nos níveis subtis o primeiro a ser atingido é o próprio corpo físico com os seus sete sub-níveis até ao mundo do “eu sou” – sétimo corpo.

O próprio direccionamento energético que a massagem determina no corpo físico, atinge, consequentemente, os níveis dos corpos subtis. As diversas manipulações e movimentos executados pela massagem reinserem os sete níveis dos corpos físico e subtil dentro dos padrões de vibração harmónica do Cosmos. Todos os corpos se reanimam e passam a funcionar, se estiverem desarmónicos, dentro dos padrões de vibração da natureza.

OS SETE TECIDOS CORPORAIS – SAPTA DHATUS

Os dhatus são as variedades básicas de tecidos que compõem o corpo físico humano. A palavra dhatu vem da palavra sânscrita que significa “aquele que entra na formação do corpo”; a raiz Daa (dha) significa “suporte”, aquele que aguenta.

A formação dos dhatus no corpo humano são a expressão perfeita manifestada da natureza e inteligência divina que ao agir, de acordo com uma ordem precisa e segundo leis naturais, que o próprio homem ainda não conseguiu desvendar, produzem o corpo físico humano.

Os Dhatus primários são em número de sete: tecidos reprodutivos (Sukra dhatu); medula do osso e tecidos nervosos (Majja dhatu); ossos (Asthi dhatu); tecidos gordos (Meda dhatu); tecidos do músculo (Mamsa dhatu); forma as células do sangue (Rakta dhatu); plasma (Rasa dhatu).

A principal característica da histologia Ayuvédica, ou seja o conceito da formação do tecido humano, é a de que cada um deles é formado a partir do tecido prévio em ordem ascendente de complexidade. Assim sendo, quando a comida é ingerida, ela é digerida até chegar ao intestino delgado na forma líquida, ahara rasa, ou essência da comida. Com a ajuda do ahara rasagni, cada dhatu tem o seu próprio agni, este ahara rasa é convertido em rasa dhatu, plasma sanguíneo – o primeiro e mais simples tecido.

Agora, rasa dhatu – catalisado por rasagni – é transformado em rakta dhatu, onde forma as células do sangue, o segundo tecido corporal essencial fundamental. Rakta dhatu por seu lado, com a ajuda de raktagni, torna-se mamsa dhatu, músculo, e assim, sucessivamente, até atingir o sukra dhatu – os tecidos reprodutores.

Juntos, os dhatus e upadhatus constituem a corpulência física do corpo. O upa dhatus incluem cabelos, unhas, ligamentos, etc.; eles são estruturalmente importantes mas usualmente não são implicados nas condições de doçura do corpo.

Cada dhatu consiste de paramanus, células infinitesimais sem conta. Cada paramanu contém inumeráveis suksma srotas, canais, poros, através dos quais cada um recebe nutrientes e energias subtis e elimina materiais de desperdício. Pelo facto de os dhatus serem saturados com poros, o corpo humano pode-se dizer, está preenchido com poros srotomaya. Os srotas de cada dathu são únicos na sua estrutura e função e nos materiais que se movem através deles.

O estado de saúde de cada dhatu bem como o seu relativo vriddhi / kshaya (excesso / deficiência, aumento, diminuição) é estabelecido pelo médico ayurvédico.