Indian Head Massage ou Champi

Existem várias versões, ou interpretações da história da Indian Head Massage ou Champi, tal como é conhecida na Índia. Foi aliás esta palavra que deu origem á palavra Champô.

No ocidente pode-se afirmar que só nas duas últimas 3 décadas é que foi introduzida e reconhecida, nomeadamente pelo trabalho do Indiano Narendra Mehta, um invisual com um sentido excepcional do toque, que no início dos anos 70 viajou para Inglaterra para se formar como fisioterapeuta. Em 1978 Mehta voltou para a Índia para investigar sobre as técnicas e benefícios das antigas tradições da Champi (ou Champissage, como lhe chamou). Ao voltar para Inglaterra, esquematizou esta massagem de acordo com o sistema ocidental, assumindo então o nome de Indian Head Massage.

Este impulso no ocidente deveu-se também em grande parte à sua divulgação pública por personalidades britânicas tais como a Princesa Diana, numa altura em que também a primeira-ministra Margareth Tachter assumiu ser fã da massagem ayurvédica tradicional.

Muitas empresas, especialmente britânicas, investiram numa série de estudos sobre a IHM, é já comum nas empresas existirem espaços próprios onde os terapeutas massajam os funcionários durante os coffe breaks.

Mas apesar do termo Indian Head Massage ser relativamente recente, a Champi é na verdade uma terapia utilizada á milhares de anos pelos nativos da Índia e faz parte da tradição Ayurvédica tanto na sua vertente estética como terapêutica. Quem já teve a oportunidade de viajar á Índia certamente que constatou como esta massagem é aplicada por todo o lado, incluindo nos homens quando vão ao cortar o cabelo ou apenas fazer a barba.

Como tradição, a Champi é aplicada entre as mulheres da família que trocam entre sí massagens á cabeça de forma a que os seus cabelos cresçam mais rapidamente, fortes e brilhantes. São utilizados para isso diversos óleos que mudam consoante as estações do ano e tipos de cabelo: amêndoas doces, coco, sésamo, mostarda. É também por vezes usado pó de talco. Na Índia, a massagem à cabeça é ainda aplicada desde a nascença na cabeça do bebé, com um algodão embebido em óleo.

Oitenta por cento da população da índia vive em vilas onde esta tradição ainda se mantém viva. Nas áreas rurais, as massagens de rotina são uma cena familiar comum em que todos fazem parte. Nas áreas mais urbanas, devido ao ritmo exigente das cidades, esta tradição têm-se de alguma forma desvanecido, mas de qualquer forma, nas grande cidades como Nova Deli, Bombaim, e Calcutá, podem-se ainda observar nas rua os massagistas, com um pequeno colchão e óleos a praticar a sua arte a troco de umas rupias. A antiga ciência da massagem indiana foi descrita por Valmiki, o primeiro poeta em sânscrito, no seu épico poema conhecido como Ramayana.

Na maioria dos centros Ayurvédicos, a massagem á cabeça faz parte da rotina da massagem geral, tendo vindo a ganhar uma identidade própria, sendo também já aplicada como terapia independente, com óleos medicados e ervas para tratamentos específicos.

BENEFICIOS DA INDIAN HEAD MASSAGE

* Aumenta a oxigenação e fornecimento de nutrientes ao cérebro.

* Através da massagem mantém-se um equilíbrio electroquímico biológico, com expressão na melhoria da saúde e longevidade.

* Relaxa o sistema nervoso e elimina a fadiga provocada pelas tensões e stress.

* Melhora a circulação e manutenção do fluido cerebrospinal.

* Aumenta a secreção das hormonas de crescimento e estimula o desenvolvimento das células do cérebro.

* Aumenta a circulação do prana, dentro do cérebro, pressionando e estimulando os músculos. As toxinas acumuladas são mais facilmente libertas do organismo, e em troca as células são alimentadas com nutrientes e prana. O sistema imunitário é estimulado, aumentando a estamina, vitalidade e virilidade.

* Retarda a queda do cabelo, calviçe e branqueamento do cabelo através de uma estimulação da circulação dos folículos capilares.

* A massagem em geral, e a massagem á cabeça em particular, são um mecanismo eficaz para induzir o sono.

* Estimula a produção de Triptofano, um aminoácido que dá origem á Melatonina e Seratonina, associadas ás sensações de prazer e bem estar.